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Plugmetal Magazine

Heavy Metal is Life

🎤 Entrevista com a banda de Death Metal Sebaoth

Dá tu puntuación.

Primeiramente quero agradecer a todos da Sebaoth pela entrevista.

1- Como os integrantes da banda se conheceram?

A: Bom eu (roberto Junior) e o guitarrista da primeira formação (Manuel Sales) que fundamos a banda, nos conhecemos na cena aqui de Fortaleza nos points e eventos que frequentávamos,  foi quando surgiu a primeira banda da qual participamos juntos a Alcoholic Vomit, alguns fatos ocorreram como a nossa conversão ao cristianismo e a Acoholic acabou. Fundamos então a Sebaoth, houveram muitas mudanças na formação e os integrantes da formação atual da banda é composta na maioria por fãs que sempre nos acompanharam e apoiaram e acabaram se juntando a banda. O que é muito bom pois eles realmente não só conhecem mais gostam mesmo do trabalho que fazemos.

Plugmetal Magazine: Interessante este relato, quanto a antiga banda chegamos a ouvir falar dela, e o som da mesma em relação ao Sebaoth nos parece seguir uma linha parecida tendo apenas mudanças drásticas quanto a parte lírica.

2– Quais as suas maiores influências no Death Metal?

A: Obtuary, Death, Autopsy, Mortification, Discerne, Crimson Thorn.

Plugmetal Magazine: São ótimas influências e que estão na minha lista pessoal de influências musicais também , o Autopsy é uma grande referência quando falamos de Death Metal, e o Death bem esses caras fizeram história, não conseguimos imaginar o Death Metal sem eles.

3- Quantos álbuns vocês já lançaram?

A: São quatro trabalhos, uma demo tapy de 2000 (Saqueando o Inferno),  o primeiro álbum de 2001 (Império das traças), um segundo de 2008 (capitães de guerra) e uma compilação de 2017 (Monumentum).

Plugmetal Magazine: Tivemos a oportunidade de ouvir alguns destes trabalhos a parte técnica realmente é muito boa, sem puxa-saquismo, vocês são uma banda promissora.


4- Como vocês avaliam o Death Metal nacional?

A: Sempre teve muita força e ótimos expoentes, o que atrapalha um pouco é alguns radicalismos infantis que ainda permeiam alguns adeptos do estilo, mas acredito que como lá fora, com o amadurecimento isso tende a se diluir.

Plugmetal Magazine:  Esse assunto é muito complicado e ao mesmo tempo delicado, quando o rock surgiu no início do século passado com uma mulher americana negra ex escrava, o mesmo era impregnado de um sentimento de liberdade, oras o movimento cresceu , evoluiu tivemos o Elvis Presley que era Cristão, tivemos os Beatles, o Freddy Mercury que era abertamente homossexual, enfim o rock é música e livre, discriminar as pessoas, ou, melhor as bandas por causa de religião e política é uma baita de uma hipocrisia, as pessoas precisam aprender a ouvir música e não a se prender a estigmas idiotas, é claro que se você fosse budista e uma banda canta-se letras do tipo ” foda-se buda”, ” pau no cú dos zens”, é claro que você não irá escutar o trabalho deles, pois, o bom senso fala mais alto, porém você não irá querer crucificar esses caras e nem mesmo dizer que eles não podem fazer metal, então eu acredito mesmo que essas picuinhas tem que acabar.


5-  Quais atividades o Sebaoth tem realizado no momento atual?

A: Estamos compondo para gravação de mais um álbum que terá como título Necrodilema , e paralelamente nos apresentando em alguns eventos na cena local.

Plugmetal Magazine: Ótimo esta é uma super novidade desejamos sucesso com esta turnê local e com o novo álbum.


6- Queremos conhecer um pouco mais sobre os membros atuais da banda, comentem brevemente sobre cada um e sua trajetória.

R: Emanuel Soares – Guitarra – Sempre fui fã da banda demais ! Então quando recebi o convite pra entrar na banda não acreditei pois era algo surreal pra mim , hoje a quase 2 anos na banda sinto que é onde me encontrei, também faço parte de mais outros projetos .

Bruno Herbet-Bateria – Estou na banda desde 2016 passando antes por outras bandas da cena como Crustcaos(crust punk) e Massaker (Thrash metal),atualmente além da Sebaoth,toco em outro projeto,esse Reassonica (hard heavy).

Samuel Cordeiro – baixista da banda desde meados de 2013 Fã de metal e boa parte de suas vertentes,No início de 200 conheci e me tornei fã da sebaoth,banda essa pioneira na cena local. Também,Guitarrista num projeto paralelo,de Black metal chamado JEZREEL.

Maic David  assumi uma das guitarras no ano passado mais já conhecia o trabalho da banda desde  de 2001, pra mim foi uma surpresa maravilhosa quando rolou o convite, aceitei na hora! e por já ser um grande fã me sinto feliz por esta cercado de grandes músicos e ter oportunidade de contribuir com essa  lendária banda do cena metal cearense.

Roberto Junior – vocal – head banger desde sempre, participei dos primórdios da cena local na extinta Acoholic Vomit , hoje além de vocalista de uma banda que é símbolo de resistência pois tem 18 anos mesmo com boicotes e frescuras sou pastor da Comunidade Cristã Impacto Subterrâneo um ministério underground.

Plugmetal Magazine: Uma história interessante á de alguns membros lembrou-me o Kiko Loureiro com o Megadeath hahahaha ( Risos).


7- Conte a seus fãs algo engraçado que já tenha ocorrido no caminho, ou, durante algum Show, ou, ensaio.

A: Teve uma apresentação nossa que um troo (radical from hell) curtiu o show inteiro, bateu cabeça com o som da banda, vibrou, subiu no palco, me abraçou, tirou até mosh e depois da apresentação veio falar com a gente e ao saber que éramos cristãos queria nos bater, isso para mim foi hilário. Porque nós nunca tentamos esconder a nossa fé, no show havia falado sobre isso o tempo todo o cara é que se empolgou tanto com o som que não quis ver.

Plugmetal Magazine:  Esses camaradas são uma vergonha para o metal, pois, o mesmo significa liberdade, eles dizem que no Rock não pode ter religião vivem irados com bandas Cristãs sejam elas Católicas, Protestantes ou Ortodoxas, enquanto pagam pau de bandas abertamente adeptas e propagadoras de outras religiões como Wicca, Induísmo, Budismo e acredite até mesmo Zoroatrismo, isso é patético, para uma pessoa adepta de uma religião faz todo sentido do mundo que ela selecione bem a sua playlist, para não incorrer em cantar junto algo que vá contra a sua fé, agora para um camarada que se diz ateu, ou seja, não acredita na existência de nenhum Deus, deusa ou, oque seja, isso não faz o menor sentido.

Citarei dez clássicos do Death Metal nos diga se alguns deles fazem parte de sua influência musical e caso sim o que representam na sua vida.

1) SEPULTURA – “Troops Of Doom”
2)  OBITUARY – “Slowly We Rot”
3)MASSACRE – “Cryptic Remains”
4) DEATH – “Flattening of Emotions”
5) DEICIDE – “Sacrificial Suicide”
6) ENTOMBED – “Sinners Bleed”
7)   MORBID ANGEL – “Immortal Rites”
8) SARCÓFAGO – “Screeches From The Silence”
9) DISMEMBER – “Override Of The Overture”
10) POSSESSED – “The Exorcist”

A: Posso destacar aqui sem dúvida o “Slowly We Rot” do Obituary, esse álbum abriu para mim uma nova percepção em termos de Death Metal, seu peso e cadência junto de um vocal sobrenaturalmente agoniante aliados a mensagem forte da efemeridade da vida e de como matéria foi feita para se desintegrar lentamente me fez refletir  sobre o real significado dela.

Plugmetal Magazine: Realmente este foi um álbum muito importante na histórica da música Death Metal.


9- Muitos dizem que no metal o que importa é o conjunto da obra e não a lírica como vocês avaliam isso?

R: Para mim os dois são importantes, claro a sonoridade é super importante, mas a mensagem que ela carrega para mim também é, a música em si tem esse poder de transmitir pensamentos e ideias, de nos fazer refletir.

10- E falando em lírica, quem escreve as letras da banda?

A: Atualmente eu as escrevo nos álbuns anteriores havia algumas compostas pelo Manuel Sales, mas há uma abertura, todos têm liberdade para expor suas ideias não é algo fechado. em nossos letras atualmente abordamos a hipocrisia, a fragilidade, o egocentrismo e o orgulho humano, como somos cristãos sempre haverá dentro disso alguma referência a forma de como o cristianismo vê isso.

Plugmetal Magazine: Isso é muito interessante, e os temas abordados são bem pertinentes.


11-  Vocês já sofreram algum tipo de discriminação por tocar Death Metal?

A: Sim sofremos, aqui na cena local somos boicotados em alguns eventos por nossa temática, nos dizem que não podemos tocar Death Metal e falar de cristianismo. O interessante é que essas mesmas pessoas que nos boicotam se dizem defensores da liberdade que há no metal, pura hipocrisia, a grande magia do metal foi sempre essa, você poder através do som que curte expressar seus pensamentos ou aquilo em que você acredita, mas para alguns aqui se pode falar de tudo: demônios, deuses nórdicos, deuses pagãos, fadas, gnomos, dragões até de ET menos de cristianismo. Além do mais a bíblia está cheia de batalhas brutais e sangrentas, a própria crucificação foi uma cena de morte brutal, então porque não explorar esse tema sem ser de forma pejorativa?

Plugmetal Magazine: Essa é uma forma interessante de abordar o tema, o Trouble banda consagrada de Doom Metal aborda em muitas de suas letras temáticas Cristãs, inclusive já cantaram alguns salmos, o Lacrimosa banda de Gothic Rock a mesma coisa, e o que percebo é que nos outros países o metal evoluiu, enquanto que aqui no Brasil nós ainda estamos engatinhando nestes termos em comparação ao estrangeiro, no Wacken Open Air, já foi visto bandas declaradamente adeptas do Cristianismo dividindo palco com bandas não cristãs, afinal de contas ambas são bandas de metal.


12- Se vocês pudessem deixar uma mensagem para a mídia em geral qual seria?

A: Em meio a esse mundo decadente de ódio e caos em que vivemos, podemos escolher qual nossa participação nele as vezes queremos um mundo melhor ou mudar o mundo, mas somos incapazes de olhar para dentro de nós mesmos, é de nós que nasce toda a degradação e o mal que assola esse mundo então encare a realidade e tente mudar. O que Jesus fez foi apontar uma porta de emergência para aqueles que querem mudar.

Solicito que deixem uma mensagem ao público de plugmetal.com:

A: A todos que acompanham ao Plugmetal, divulgue, fortaleça a cena e apoie sempre iniciativas como essa.

Plugmetal Magazine: Novamente agradeço pela entrevista, deixo este espaço aberto para que vocês deixem o seu recado pessoal:

A: Tente olhar para as pessoas sem preconceito, seja de qual origem for. Por crença, raça, ideologia, etc respeite o espaço do outro e talvez assim você torne mundo um pouquinho melhor. Deus abençoe a todos nós.

Biografia:

Banda formada em maio de 1999 com seguinte formação Manuel Sales (guitarra), Sérgio (guitarra solo), Jales (baixo), Davi (bateria), e Roberto Junior (vocal).No mesmo ano lança seu primeiro registro, uma demo tape intitulada“Saqueando o inferno”.

Em 2001 lança seu segundo trabalho o cd demo “Império das Traças” com a participação de Moisés (Reflexo Trindade) na bateria. Com esse trabalho ganha destaque nacional. Em 2008 lança o cd “Capitães de Guerra” e se consolida como uma banda reconhecida no seu seguimento.

Sua formação atual é: Samuel (baixo), Emanuel (guitarra base/solo), Maic (guitarra base/solo), Bruno Herbert (bateria) e Roberto Junior (vocal).

Temos por estilo o Death Metal Old School, nossas letras abordam temas diferenciados como a fragilidade do ser humano, a eminência da morte, a arrogância e a hipocrisia. Tentamos trazer através disso uma reflexão sobre o que realmente importa nessa efêmera vida em uma abordagem explicitamente cristã.

Entrevista realizada por: Wagner Barbosa

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