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Plugmetal Magazine

Heavy Metal is Life

đŸŽ€ Entrevista com CHAIN.

5/5 - (1 voto)

1. Como surgiu o CHAIN e qual foi a ideia inicial por trĂĄs da banda?

A: Depois de tocar em vĂĄrias bandas e trabalhar com outros artistas, decidi iniciar este projeto solo usando meu apelido. Minha mĂșsica Ă© movida pela vontade de rebelar-me contra as restriçÔes do governo.

2. Qual foi sua maior inspiração para começar a compor e Rock / Metal?

A: Descobri o punk quando tinha dez anos, e à medida que fui crescendo, o metal também se tornou um som pelo qual realmente me apaixonei.

3. O que “rebeldia” significa para vocĂȘ, e como isso se reflete na mĂșsica da banda?

A: Rebeldia Ă© a resposta justificada a um mundo opressor. É a vontade de destruir o sistema e mudar o que Ă© injusto.

Crédito: Foto divulgação enviada por The Triad Rec.

4. Como nasceu o conceito do seu novo EP, New Alcatraz?

A: Toda a ideia por trĂĄs do EP surgiu da necessidade de lutar contra um sistema que nos trata como escravos da conformidade industrial. Crescer em um vale cercado por fĂĄbricas negras, onde os trabalhadores arriscam suas vidas todos os dias sem a chance de viver de forma verdadeiramente humana, foi inspirador para o conceito.

5. Quais sĂŁo as principais mensagens que vocĂȘ quer transmitir com este EP?

A: As principais mensagens de New Alcatraz sĂŁo a urgĂȘncia de se levantar contra os “senhores”, viver a vida em seus prĂłprios termos e expressar a raiva que as pessoas escondem dentro de si, esperando explodir. Meu EP Ă© o estopim!

6. VocĂȘ geralmente escreve letras com base em experiĂȘncias pessoais ou observaçÔes sociais?

A: Sempre escrevi letras com base nas minhas prĂłprias experiĂȘncias, o que muitas vezes me fez enxergar o mundo apenas como problemas a serem resolvidos. Este EP fala sobre essas questĂ”es sociais, mas, para mim, tambĂ©m se trata de buscar uma espĂ©cie de redenção pessoal.

7. Como Ă© o processo criativo do CHAIN: a mĂșsica vem primeiro, as letras depois, ou simultaneamente?

A: Geralmente escrevo as letras quando jå tenho o instrumental certo. Deixo a melodia me conduzir e, dependendo da sensação que ela me transmite, escolho sobre o que escrever.

Crédito: Foto divulgação enviada por The Triad Rec.

8. Quais bandas ou artistas influenciam o som do CHAIN?

A: Meus gĂȘneros favoritos sĂŁo definitivamente punk e suas ramificaçÔes, metalcore e nu metal, drum & bass e dubstep. Liricamente, tenho sido muito inspirado por reggae e hardcore punk.

9. Quão importante é lançar um EP físico na era atual do streaming digital?

A: Hoje em dia, os discos fĂ­sicos sĂŁo mais como itens de colecionador. Se vocĂȘ ainda lança CDs reais como eu faço, precisa criar algo que realmente importe com o tempo. Isso significa focar em menos ouvintes, mas oferecendo uma experiĂȘncia Ășnica. New Alcatraz vem com arte para cada faixa no livreto, e a caixa estĂĄ repleta de imagens por todos os lados. A capa parece mais uma ilustração, entĂŁo tudo se assemelha mais a um livro do que a um CD.

10. Como vocĂȘ descreveria o som do CHAIN para alguĂ©m que nunca ouviu a banda?

A: O som que quero Ă© uma mistura de gĂȘneros hardcore sem regras. Techno misturado com metal, hardcore punk combinado com drum & bass — qualquer coisa vale! Chamamos isso de Cybercore.

11. Existe alguma faixa de New Alcatraz que vocĂȘ considera a mais representativa da banda?

A: A faixa que melhor representa este projeto Ă© Neon Predators. Ela fala sobre pessoas transformadas em ciborgues para robotizar suas vidas, e entĂŁo se rebelarem naquilo que chamo de “a revolução em nome de todas as mĂĄquinas”.

12. Como vocĂȘ vĂȘ a cena underground de metal atualmente?

A: Por aqui, a cena do metal estĂĄ basicamente morta. Mas no mundo todo ainda existe fome por ela. Acredito que um dia a mĂșsica vai esmagar todo tipo de divisĂŁo social — as pessoas ouvirĂŁo de tudo — e o metal, assim como outros estilos underground, serĂĄ essencial na criação de sons novos e mais tĂ©cnicos.

Crédito: Foto divulgação enviada por The Triad Rec.

13. Qual foi o maior desafio que vocĂȘ enfrentou durante a produção do EP?

A: O maior desafio foi trabalhar remotamente com o produtor. Ele estĂĄ em Roma e eu em Savona, entĂŁo todo o processo demorou uma eternidade.
14. VocĂȘ planeja lançar mais material em breve? Como EPs, singles ou ĂĄlbuns completos?

A: NĂŁo consigo dar uma resposta direta para esta — tenho mil projetos em andamento e quero realizar todos. Sem revelar demais, algo estĂĄ prestes a sair que realmente me desafiou nos Ășltimos meses. É um projeto que ao mesmo tempo me destruiu e me fez crescer, forçando-me a enfrentar velhos fantasmas. Espero que se torne algo enorme!

15. Como vocĂȘ vĂȘ a relação entre mĂșsica e ativismo/rebeldia?

A: Na mĂșsica, muitos tentaram trazer temas sociais para suas cançÔes para abrir os olhos das pessoas — Jim Morrison do The Doors, Joe Strummer do The Clash, Bob Marley e os Wailers. Quando criança, na primeira vez que ouvi Ska-P, decidi que queria fazer mĂșsica underground, porque ela sempre foi a arma para mudar as coisas.

16. VocĂȘ acha que o Punk e o Metal ainda sĂŁo uma forma de protesto social?

A: Poucas pessoas percebem o quanto o mundo ainda precisa de trabalho. Aqueles que nĂŁo entendem nĂŁo sentem raiva, e quem nĂŁo sente raiva nĂŁo se rebela. O Puk e o Metal sĂŁo o interruptor de ignição — se vocĂȘ ouve Punk ou metal, fica com raiva, e quando estĂĄ com raiva, vocĂȘ entende. E entĂŁo vocĂȘ se rebela.
17. Quais são suas expectativas em relação aos fãs e à recepção do EP?

A: Honestamente, eu sĂł quero que alguĂ©m ouça ao menos uma das minhas mĂșsicas e, com Bloodi Hell ou Dark & Bass tocando, derrube todos os problemas! Claro, seria incrĂ­vel ser ouvido mundialmente, mas quantos realmente entenderiam e se levantariam?

Crédito: Foto divulgação enviada por The Triad Rec.

18. Como vocĂȘs se preparam para shows ou apresentaçÔes ao vivo?

A: Normalmente ensaiamos uma vez por semana — finalizamos o setlist e depois trabalhamos um pouco na encenação.

19. HĂĄ alguma histĂłria memorĂĄvel da banda que vocĂȘs gostariam de compartilhar?

A: Quando eu tocava bateria no Rotten Apples, uma noite cheguei completamente bĂȘbado para um concurso. Tivemos que tocar Hysteria do Muse — uma mĂșsica super fĂĄcil para bateria, mas insana para o baixo. Perdi totalmente o bpm e acelerei a mĂșsica inteira. SĂł percebi quando olhei e vi o baixista ensopado de suor, xingando na minha frente. No fim, ele jogou o baixo em mim, começamos a brigar no palco, fomos desclassificados e expulsos.

20. Que conselho vocĂȘ daria para novos artistas que querem entrar no mundo do Punk / Metal?

A: Seja louco. Nunca acorrentado a conceitos ultrapassados. Aqueles que tinham algo a dizer e fazer jĂĄ o fizeram. Seja Ășnico — nĂŁo persiga ilusĂ”es. A jornada Ă© sua, e se o metal ou qualquer mĂșsica underground falar com vocĂȘ, faça sua prĂłpria versĂŁo. NĂŁo imite, nĂŁo seja o que outros jĂĄ foram. Seja o novo rebelde!

Crédito: Foto divulgação enviada por The Triad Rec.

Para acompnhar o artista siga:

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Entrevista realizada por Wagner Barbosa da Plugmetal Magazine, intermediada por Andrea da acessoria de imprensa The Triad Rec.

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