🎤 Entrevista com a banda Deva Silence.
1. Como surgiu a ideia de formar o Deva Silence e qual foi a motivação inicial da banda?
A: O Deva Silence nasceu do desejo de dar forma musical a sugestões literárias, atmosferas sombrias e visões pessoais. Não queríamos seguir tendências, mas construir um som que fosse uma narrativa — uma experiência imersiva, e não apenas entretenimento.
2. Quem são os membros fundadores e como vocês se conheceram?
A: O projeto foi concebido por mim, Deva Silence, que também dá nome à banda, com a preciosa ajuda de dois músicos incríveis: Massimiliano Martellotta na bateria, com quem já toquei há muito tempo no passado, e Alex Nespoli na guitarra solo.
3. Qual foi o primeiro show da banda e como vocês se sentiram naquele momento?
A: No momento, o Deva Silence ainda não se apresentou ao vivo. Desde o início, a prioridade foi trabalhar em estúdio e lançar um álbum que pudesse definir identidade e imagética. Quando chegar a hora de subir ao palco, será vivido como um rito, e não apenas como uma estreia.
4. Houve algum obstáculo que quase impediu a banda de continuar nos primeiros dias?
A: O maior obstáculo é a situação atual da cena musical italiana: pouquíssimos espaços dão abertura para música autoral, a maioria foca em bandas tributo. Isso torna difícil emergir. Mas justamente esses desafios fortaleceram a determinação de construir um projeto autêntico e sem concessões.
5. Como foram os primeiros anos da carreira do Deva Silence?
A: Foram anos de construção silenciosa: pesquisa sonora, escrita e definição de uma imagética. Um trabalho distante do palco, focado em identidade e visão.
6. Qual foi o primeiro lançamento oficial da banda e como ele ajudou a definir a identidade de vocês?
A: O álbum Moon, Misery And A Country Church é a nossa primeira verdadeira declaração de intenções. É o manifesto sonoro e conceitual que deixou claro quem somos: doom, hard rock e atmosferas literárias fundidos em um só corpo.
7. Houve um momento decisivo que mudou a trajetória da banda?
A: A decisão de lançar o álbum apesar das dificuldades do mercado de shows. Escolhemos conscientemente investir nas plataformas digitais, transformando uma limitação em oportunidade por meio do incrível selo The Triad Rec!
8. Como a experiência ao vivo influenciou o som e a abordagem musical da banda?
A: Como ainda não tocamos ao vivo, a abordagem continua sendo principalmente imaginativa: as músicas são concebidas como “experiências”, que um dia se tornarão cenários ao vivo. Mas a prioridade sempre foi construir um universo sonoro sólido em estúdio.
9. Como você descreveria a evolução musical do Deva Silence até Moon, Misery And A Country Church?
A: Foi uma evolução de ideias embrionárias até uma linguagem reconhecível. Cada música é trabalhada com atmosferas que misturam melancolia e poder.
10. Qual é o processo criativo da banda: riffs primeiro, letras ou atmosfera?
A: As ideias vêm de mim, tanto letras quanto riffs, e depois são desenvolvidas por todos de acordo com as necessidades da música. Fazemos demos e só gravamos a versão final quando a faixa está perfeitamente alinhada com nossa visão.
11. Como vocês equilibram a densidade do doom com os elementos hard’n’heavy para criar o som da banda?
A: Brincando com as dinâmicas: paredes sonoras e silêncios, poder e melodia. O objetivo é manter o peso emocional sem abrir mão da tensão e da energia.
12. Há alguma faixa do álbum que exigiu mais experimentação ou que mudou radicalmente durante a composição?
A: Algumas músicas mudaram bastante durante a fase de gravação: estruturas foram reescritas, atmosferas refinadas até encontrarmos o equilíbrio certo. É um trabalho de entalhe, quase cinematográfico.
13. Como vocês conectam a atmosfera sombria das músicas com a energia do público ?
A: Por enquanto, a conexão acontece pelas plataformas digitais: ouvintes nos escrevem, compartilham sentimentos, contam sobre as imagens evocadas pela música. É um tipo diferente de conexão, mas não menos intensa.
14. Há uma faixa que vocês sentem que será o “destaque” do álbum quando for tocada ao vivo?
A: Ainda não sabemos: será o público quem nos dirá isso quando finalmente levarmos as músicas ao palco.
15. Já houve alguma reação do público que surpreendeu a banda ?
A: Sim, mesmo sem shows: as resenhas e mensagens de ouvintes nos surpreenderam pela profundidade. Muitos perceberam referências literárias e atmosferas que pensávamos estar mais “ocultas”.
16. O que Moon, Misery And A Country Church representa na evolução artística da banda?
A: É a primeira pedra. Não um ponto de chegada, mas o alicerce sobre o qual tudo o mais será construído.
17. Quais são os planos do Deva Silence para futuros lançamentos ou turnês?
A: Por enquanto, a promoção continua online, mas já pensamos em novas faixas e possíveis colaborações. Quando a cena ao vivo se tornar mais acolhedora para a música autoral, estaremos prontos.
18. Vocês veem a banda focando no reconhecimento internacional ou permanecendo na cena italiana/underground?
A: Ambos: somos ligados às raízes italianas, mas a linguagem do doom e das atmosferas sombrias é universal. As plataformas já nos permitem alcançar ouvintes no exterior.
19. Que mensagem final gostariam de deixar para os fãs que estão descobrindo o Deva Silence agora?
A: Obrigado por ouvir com atenção. Nossa música não é de “consumo rápido”: é um convite para entrar em um mundo narrativo, lento e visceral. Se você para e escuta, já faz parte da jornada

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