Obrigado a todos da banda pela entrevista, nessa primeira parte falaremos sobre a história da mesma.
1- Conte-nos sobre a trajetória de cada integrante da Banda, digo queremos saber a história da formação de vocês:
A: Primeiramente queríamos agradecer a oportunidade de falarmos sobre a nossa música!
A Revengin já tem 12 anos, uma adolescente (rsrs), porém desde a sua concepção os estilos conversavam

naturalmente nas composições.
A: Acredito que teve um que foi o divisor de águas para todos nós. Façamos o exercício abaixo e vocês irão entender rsrs..

Sua banda foi chamada tocar em um evento de metal dentro de uma das comunidades mais barra pesada do RJ e que na época estava realmente tenso porém você também sabe que o metaleiro, fã e rockista não liga pra isso ele simplesmente vai!
Teu tecladista chega atrasado, (quase duas horas de atraso!) e esquece uma das fontes do teclado principal, ou seja… Você terá que adaptar o seu show por que não tem como fazer metal sinfônico com um teclado que parece uma escaleta, só pra efeitos. Qual é a ideia então? Tocar um cover para preencher e que não fique tão ridículo.
A: . Geralmente todos dentro da banda se envolvem na produção de uma música. Todos opinam.
Vai de um tema/riff do Thiago, groove de batera do Hugo ou uma linha de voz que a Bruna faz. Obviamente, cada
um opina com mais afinco em suas áreas de domínio, porém, todos se envolvem.
A: O nome traduzido ” sinergia através das cinzas ” simbolizou muito o momento em que passamos. O fim de uma banda, a partida de alguns amigos e aquela pergunta clássica ” e agora ? “. Teríamos que ressurgir das cinzas, do pó. Porém, aquele quinto elemento que une e transcende sempre está presente de alguma forma, ter uma amizade forte, respeito e foco foram os laços que nos mantem juntos até o dia de hoje.

6- Quem escreveu as letras e qual foi a inspiração?
A: As letras geralmente são escritas por mim e pela Bruna, é impressionante como a coisa flui nesse sentido, sempre escrevemos sobre o que acreditamos, sentimos e pensamos. A inspiração para o nome do álbum veio de maneira curiosa, após analisarmos tudo o que já aconteceu com abanda, todos os altos e baixos, percebemos literalmente que “algo” foi criado a partir do nada, então nós escutamos cada faixa.mas até aí não tínhamos um “nome” pro álbum, foi então que assisti um documentário sobre como as ondas sonoras influenciam na matéria e criam formas geométricas diferentes de acordo com a vibração que é emitida, me liguei na hora que era aquilo.
Sabe aquele seria o nome do álbum porque literalmente tinha tudo haver com o que passamos e vivemos até aquele momento.
Wagner Barbosa: Muito interessante esta forma espontânea de produção das letras, o metal sinfônico costuma dar muita enfase nas letras que geralmente falam de mitos antigos, atritos religiosos, seres fantasiosos, dava para escrever vários livros no estilo Harry Potter e Crônicas de Nárnia apenas com letras de bandas {risos}.

7- Como foi o trabalho ao lado da MS Metal Press na distribuição desta obra?
A: Então, quanto a distribuição do álbum, houveram acertos, foram enviados para alguns lugares que foram interessantes .
Wagner Barbosa: A MS está á um bom tempo na estrada, eles já divulgaram inúmeras bandas , inclusive nós publicamos algumas de suas notícias aqui em nossa mídia, me lembro bem de quando eles estavam começando, o underground estava em alta, tinha ainda o programa de televisão Stay Heavy que exibia videoclipes de bandas de todo o mundo, conheci muitos bandas através deste programa de TV, nessa época o pessoal se reunia nas praças cada qual com suas camisas de bandas e garrafas de álcool um indicava bandas para os outros e assim a cena seguia em frente, saudades deste tempo.
8- Conte a seus fãs algo engraçado que já tenha ocorrido com vocês ?
A: Quem tem banda e já viajou bastante sabe que sempre existem furadas, mas assim de bate e pronto lembro de uma tour que fizemos no interior de Minas Gerais e que um dos produtores nos hospedou na casa de um “amigo”. Esse “amigo” falava com alguém (o que acreditamos ser a esposa falecida dele) que ninguém conseguia ver ou escutar. O mais “engraçado” era que ele tinha uma filha e essa menina via a mesma coisa e conversava com essa pessoa igual ou seja… Durmam com essa! Por que nós literalmente não dormimos. Sério, papo de enredo desses filmes de terror onde tudo indica que vai dar ruim, mas a galera nem aí… fomos nós. Porém, metemos o pé dizendo que não queríamos incomodar, agradecemos a hospitalidade dos “três” (na maior naturalidade possível, rs) e etc…
Wagner Barbosa: Uau! Fodam-se os fantasmas eu não acredito nisto, tudo isso não passa de ilusões criada pela mente das pessoas, nestes casos pode ser autossugestão, ou esquizofrenia, consultas com um psicólogo resolvem isto, de qualquer modo a história é engraçada no fundo no fundo acho que todos ficaram com os pés atrás da orelha numa situação dessas {risos}.

9-Citarei dez clássicos do Metal Sinfônico nos digam por favor se algum deles faz parte de vossas influências e caso positivo o que representam para si:
1) Nightwish- “Sleeping Sun”
A: NDA
2) Epica- ” Cry For The Moon”
A: NDA
3) Whitin Temptation- “Monther Earth”
A: Sempre foi uma influência para nós. Mesmo antes desse álbum, no “Enter”, Sharon com uma voz “chorada” e bem expressiva. Inclusive, tocamos por algum tempo duas músicas deo within Temptation: Mother Earth e Stand my Ground.
Wagner Barbosa: Está é uma de minhas bandas preferidas dentro do estilo as músicas ” Angels”, “Memories”, fizeram parte da história de minha vida bem como “All I Need”, creio que eles sejam referência para muitos músicos de Metal Sinfônico, é possível encontrar referências a eles em várias bandas que surgiram posteriormente no estilo.
4) Xandria- “Eversleeping”
A: NDA
5) Underworld- “Our Solemn Hour”
A: NDA
6) Amberiam Dawn- “He Sleeps In a Groove”
A: NDA
7) Edenbridge- “Fly on a Rainbow Dream”
A: NDA
8) Serenity- “The Chevalier”
A: NDA
9) Tarja Turunen- “Die Alive”
A: NDA
10) Sonata Artica -“Respect The Wilderness”
A: NDA
10- Qual a maior referência vocal para a Bruna Rocha em termos técnicos?
A: NDA
11- Como vocês definiriam a cena do Metal Sinfônico e Gótico na atualidade?
A: Existem várias bandas muito boas no BR. Acredito que tudo se adapta aos novos tempos e necessidades. Mas, se temos que dizer nossas inspirações de um modo geral , mas particularmente voz, posso dizer que Tristânia, Rain Fell Within, Within Temptation e After Forever são nossos carros chefes.
Wagner Barbosa: Todas estas bandas que você citou também são referências para mim dentro do estilo considero o som destas bandas excepcional e material quase que obrigatório de estudo para todos aqueles que desejam fazer Metal Sinfônico, quando o After Forever lançou as músicas ” Discord”, ” Leaden Legacy”, ” Emphasis”, uma pequena grande revolução estava sendo feita dentro da cena sinfônica, eles são ousados, não tem medo de explorar os seus sonhos mais obscuros e as misturas mais diversificadas, esta mesma essência aventureira e destemida é verificável ao escutar o magistral som produzido por vocês.
12- Falaremos agora do futuro, quais são os seus projetos para o futuro?
A: Como ficamos um tempo sem produzir nenhum material novo, apenas algumas coletâneas que foram distribuídas pelo selo inglês Secret Service, estamos resgatando os fãs e colocando o bloco na praça pra muita gente que ainda não conhece, tipo um single lançado só na Europa chamado ” Face it ” que já está disponível nas principais plataformas de Streaming. Em breve iremos lançar material do novo álbum.
Estamos nesse momento produzindo conteúdo para não deixar nenhum antigo ou novo fã ficar na mão.
Wagner Barbosa: Bom muito bom isto! Pela qualidade musical de vocês este novo trabalho deve angariar muitos novos fãs, eu não tenho a menor dúvida que estou diante da bandas mais importante do cenário sinfônico nacional dos últimos tempos, o vosso reconhecimento virá em honra ao vosso brilhantismo e ao serviço que prestam de enaltecer a rica cena do Metal nacional.
13- Tocar Heavy Metal e viver disso no Brasil não é uma tarefa das mais fáceis, vocês contudo venceram muitos destes obstáculos, nos conte um pouco dessa trajetória:
A: Quando lançamos o Cymatics existiam poucas bandas que misturavam esse lance eletrônico com sinfônico, isso

abriu muitas portas e fechou algumas também porque não eramos ” true ” o suficiente para certos eventos.
E parece que ao darmos o próximo passo, não eramos mais “bons” para o movimento “true”, em fim, seguimos em frente porque acreditamos no nosso som. Dica, confie! Tivemos um feedback incrível justamente por acreditar nonosso caminho, nosso som é sinfônico porém é sujo o suficiente para garantir qualquer “wall of death” de respeito, caminhar nessa linha é arriscado, mas o que na vida não é arriscado?
Wagner Barbosa: Vocês literalmente foram jogados aos lobos e voltaram liderando a matilha, trocadilho horrível este { risos}. Experimentar foi a base de vocês e nisto vejo novamente influências de After Forever e Within Temptation, muitas bandas obtiveram sucesso justamente por ir na contramão do esperado e fazer algo unicamente seu. Isto ocorreu com bandas como o Lacrimosa e o Motorhead, um anos antes deles estourarem nas paradas de sucesso Lemmy Kilmister foi rejeitado por vários produtores e gravadoras eles diziam que o som era horrível e nunca faria sucesso no entanto eles não desistiram e se tornaram uma das bandas de maior sucesso de toda história do Rock.
14- Oque vocês tem feito para manter a união da banda nestes tempos de pandemia de Corona Vírus?
A: Muitos calls, muitos contatos sendo feitos, muito material sendo produzido. Essa pandemia atrapalhou muitos planos, porém também abriu possibilidades de pensarmos fora da caixa e investir esforços em outras ações.
O mundo não será mais o mesmo após essa loucura e isso tem que entrar na conta quando for fazer algum planejamento a longo prazo como é ter uma banda.
Wagner Barbosa: Essa porra tá atrapalhando a vida de todo mundo, parece que estamos vivendo um enredo de letras de Death Metal, só que isto aqui é realidade, e até os caras de Black Metal da Noruega estão preocupados agora { risos}, espero que essa porcaria vá logo embora, cara o show do Tristânia ia ser esse ano, pessoas próximas estão morrendo, as partidas de futebol canceladas, o colapso da saúde e sabe os filmes de terror estavam certos nós somos muito idiotas, sempre vi filmes sobre pandemias e pensava: ” se isso fosse real não seríamos tão idiotas assim”, pois é, eu estava enganado infelizmente….
15- Se vocês pudessem formar a banda dos sonhos com integrantes de outras bandas como seria isto?
A: Olha… muitos já saíram e muitos já voltaram e saíram de novo rsrs mas o núcleo duro sempre foi o mesmo.
Então o carinho e respeito entre os que estão até hoje foi o combustível que fez a banda estar na ativa até os dias atuais. Acho que não nos vemos com esse núcleo diferente do que é.
16- Deixem uma mensagem para o público em especial os do Brasil , Espanha e Inglaterra.
A: Novamente agradeço a todos pela a oportunidade de conceder essa entrevista. Agradecemos muito ao público em geral e esperamos nos encontrar em breve.