🎤 Entrevista com a banda Ephimeth.
1. Como surgiu a ideia de formar o Ephimeth e qual foi a motivação para criar um projeto de brutal death metal técnico com profundidade filosófica?
A: A necessidade de se expressar através da música, mostrando o outro lado do Death Metal atual, com letras de profundidade filosófica que nutram o ouvinte sem perder a crueza, a dureza, a técnica e a velocidade que caracterizam o Death Metal, buscando atualizar o metal venezuelano com novas ideias.
2. A banda foi fundada em janeiro de 2024. Como foi o processo de reunir membros com experiências tão diversas no metal extremo?
A: No início conheci Emilio em um evento no qual ambos nos apresentamos com outras bandas, mas compartilhávamos inquietações musicais que queríamos expressar. Tempos depois decidi iniciar o projeto e chamei Emilio. Ele, por sua vez, trouxe John através de contatos, e Tulio já havia trabalhado comigo na formação do Death Mortor. Houve excelente química entre nós, resultando no Ephimeth.
3. Por que escolheram Adolfo Tapias como baterista fundador e qual foi sua visão inicial para o projeto?
A: Eu fui quem fundou a banda e já tinha a visão do que queria fazer, trabalhando em esboços do projeto. Além disso, sou um grande seguidor do trabalho de H.P. Lovecraft, apenas esperando o momento e as pessoas certas.
4. Emilio Rapallo foi escolhido como vocalista. Como definiriam seu papel na construção da identidade vocal e performática da banda?
A: Emilio já tinha experiência com as bandas The Mask of Blood e Sorte, gostei de sua performance, energia e vocalização. Soube imediatamente que seria a escolha perfeita para agregar os tons únicos ao projeto.
5. O conceito da banda fala de metanoia e epifania. Como esses conceitos filosóficos influenciam a composição das músicas e letras?
A: Lovecraft fala do medo do desconhecido, do que não compreendemos, que está ao nosso redor enquanto nosso ego nos faz acreditar que somos o centro do universo. Através do terror Lovecraftiano e cósmico, podemos fazer uma crítica social ao passado, presente e futuro da humanidade.
6. Como combinam a brutalidade e a técnica do death metal com temas reflexivos sobre a existência humana?
A: A intenção é que a música não perca o feeling, apesar da ferocidade e velocidade, e que as letras sempre transmitam uma mensagem e algo a dizer.
7. O álbum “Korinthos” tem algum significado especial dentro do conceito da banda?
A: O livro de Coríntios na Bíblia fala sobre a natureza humana e a psique. A cidade de Corinto, na Grécia, é famosa como berço de muitas fantasias que impactaram a imaginação mundial. O personagem Coríntio de Edgar Allan Poe busca seu lugar nas criações do autor, explorando o pior da natureza humana. O conceito do álbum é a fusão dessas ideias.
8. Quais são as principais inspirações do universo cósmico e ancestral explorado nas letras da banda?
A: A obra de H.P. Lovecraft, muito extensa, além do círculo de escritores que expandiram seu legado, que nos cativou e inspirou profundamente.
9. Como abordam a crítica social dentro do Death Metal sem perder intensidade e agressividade musical?
A: Encontramos maneiras de expressar nosso descontentamento e crítica social nas letras, sem perder a base filosófica.
10. Como funciona o processo de composição da banda? Quem propõe riffs, melodias e estruturas?
A: É um processo coletivo. Todos trazemos nossa experiência: Emilio do metalcore e hardcore, Tulio do black metal atmosférico, John do death metal melódico e progressivo, e eu de várias vertentes, mas mais ligado ao death metal da nova escola.
11. John Rodríguez contribui com melodias e arpejos de guitarra. Como equilibra técnica e musicalidade dentro do som brutal da banda?
A: John é técnico, ama progressivo e melódico, mantendo clareza em riffs e solos. Seu papel como produtor fez dele um dos quatro pilares do Ephimeth.
12. Tulio Boada agrega profundidade com o baixo. Como criam arranjos que unem todos os elementos sem sobrecarregar o som?
A: Tulio é perfeccionista, multi-instrumentista e essencial para os fundamentos do Ephimeth, traduzindo com precisão o que cada composição precisa.
13. Há algum conceito ou narrativa dentro de “Korinthos” que conecte todas as músicas?
A: Buscamos unir todas as influências dos integrantes em uma só linha, sem perder suas identidades, usando a literatura Lovecraftiana como ponto de encontro para expressar nossas personalidades mais brutais.
14. Como a banda lida com experimentação sonora dentro de um gênero extremo sem perder a identidade?
A: Esse é nosso forte: manter o feeling orgânico e autêntico em um mundo onde tudo já foi feito, buscando nossa identidade única.
15. Os singles Despertar, Entidades e Extinção já estão disponíveis. Qual melhor representa a essência da banda?
A: Entre os quatro singles, Hidra representa mais a essência da banda, pela atmosfera e paixão que queremos transmitir ao público.
16. Que reação esperam do público ao ouvir os singles?
A: Esperamos grande recepção do público metalero, mas também de quem não ouve metal. Queremos unir diferentes ouvintes em uma mesma experiência.
17. Houve inspiração específica em termos filosóficos ou cósmicos para cada single?
A: Sim, não apenas abordamos o terror cósmico, mas também críticas sociais através de metáforas.
18. Como equilibram velocidade, técnica e atmosfera em músicas densas e complexas?
A: Cada integrante contribui com ideias, encontrando equilíbrio entre todas as perspectivas para realizar nossa paixão Ephimeth.
19. A banda já planeja novos shows ao vivo? Qual seria a experiência ideal?
A: Já realizamos algumas apresentações e temos várias datas futuras. Queremos que o público veja não só uma banda, mas um conceito e espetáculo que os tire do comum.
20. Como a performance ao vivo complementa a narrativa filosófica e cósmica das letras?
A: Este ano surgiu o personagem Eter, representando misantropia, o etéreo, o incompreendido e o selvagem do conceito que estamos desenvolvendo.
21. Pretendem criar elementos visuais ou cênicos para reforçar o conceito das músicas durante os shows?
A: Sim, teremos surpresas teatrais e atmosféricas, sem exageros, que reforcem o conceito.
22. Como avaliam a cena de brutal death metal na Venezuela e internacionalmente?
A: Muitas bandas venezuelanas buscam evoluir, criar estilo próprio e se igualar às bandas internacionais, mantendo alto nível de excelência musical.
23. Quais bandas ou músicos inspiraram o estilo técnico e filosófico do Ephimeth?
A: Influências da velha e nova escola, como Origin, Cattle Decapitation, Obscura, Gaerea, Misery Index, Dark Funeral, Mgła, entre outras.
24. Planejam colaborações com outros artistas ou projetos no futuro?
A: Seria interessante, ainda recebemos propostas, mas nada foi concretizado até agora.
25. Que mensagem final gostariam de deixar para os fãs e novos ouvintes?
A: Agradecemos aos seguidores que nos apoiam desde o início e damos boas-vindas aos novos ouvintes. Esperamos impactar o metal venezuelano e alcançar o público internacional, sendo “luz em casa e nas ruas também”.
Siga a banda:
Instagram: https://www.instagram.com/ephimethband/
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC5t-ELq2xBrL1gd26ttiCXw
Entrevista realizada por Wagner Barbosa da Plugmetal Magazine, intermediada por Metal Zone.

Deixe seu comentário: