Death Mortor: Três décadas de agressividade e identidade no metal extremo.

A lendária banda venezuelana Death Mortor, referência do metal extremo na América Latina, celebra mais de 30 anos de carreira mantendo seu estilo único e uma conexão intensa com fãs da América Latina. Em entrevista à Plugmetal Magazine, intermediada pelo Metal Zone, os integrantes contaram detalhes da trajetória, dos desafios e das conquistas da banda.

Formada nos anos 90 em meio à efervescência do heavy metal, a Death Mortor surgiu da vontade de tocar música do próprio jeito e explorar diferentes instrumentos até alcançar o som ideal. Os fundadores, dois irmãos – um na bateria e outro na guitarra – rapidamente reuniram vizinhos e amigos para completar a formação inicial. Desde o início, a banda apostou em um estilo mais extremo, distinto do que se ouvia na cena venezuelana da época, conquistando público com o lançamento do primeiro álbum “Una Ilusión” (1995), marcado por agressividade e identidade autoral.

O segundo álbum, “Ensayo Nuclear” (2005), consolidou a presença da banda no radar do público venezuelano, abrindo portas para shows em todo o país. O compilado “Tour Apocalipsis” marcou o início da expansão internacional, com turnês que conectaram Venezuela e Colômbia entre 2007 e 2015. Durante a passagem pela Colômbia, especialmente em Bogotá, a banda conheceu um público exigente e eventos organizados de forma profissional, o que elevou o padrão de performance e inspirou os músicos a sempre entregar algo novo.

Entre 2010 e 2015, a Death Mortor lançou os álbuns “Sueño de Morir” e “América Violenta”, onde consolidou o peso e o feeling desejados, explorando temas sociais e políticos da América Latina, como drogas, corrupção, guerras e perda de sensibilidade humana. A banda mantém o equilíbrio entre agressividade, técnica e mensagem em suas composições, com letras e arranjos desenvolvidos coletivamente, mas sempre com supervisão criativa de seus fundadores.

Em 2025, a Death Mortor lançou “Grotesco”, disco que marca uma retomada da presença internacional da banda, incluindo novas afinações e experimentações com frequência 432. O álbum é descrito pelos integrantes como o melhor trabalho da carreira, com planejamento de divulgação em diferentes países e foco em turnês internacionais.

Sobre os desafios de manter uma banda extrema, os integrantes destacam que a constância, a dedicação à música própria e a confiança no trabalho realizado são essenciais para superar obstáculos. Mesmo com mudanças de formação, devido à situação política na Venezuela, a identidade da banda permaneceu intacta, garantindo adaptação rápida e coerência sonora com os músicos atuais.

Para os fãs, a Death Mortor reforça seu compromisso: entregar música intensa, técnica e com identidade visual marcante, mantendo a chama do death metal acesa. “Seguimos o mesmo caminho que nos deu resultado por mais de 30 anos: oferecer ao público o melhor, com mudanças contínuas tanto na música quanto na parte visual. Vida longa ao death metal!”, concluem.

A banda agradece aos fãs históricos e à nova geração de metalheads, especialmente do Brasil, prometendo em breve shows e novas oportunidades de interação com o público latino-americano.

Leia a íntegra da entrevista em: https://plugmetal.com/entrevista-com-a-banda-death-mortor/

Formação atual da Death Mortor:

• Vocal/Guitarra: fundador

• Bateria: fundador

• Guitarra: atual integrante

• Baixo: atual integrante

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