Cast Junte-se ao cast

Plugmetal Magazine

Heavy Metal is Life

Entrevista com a banda Isometry.

5/5 - (1 vote)

1. “Break The Loop” sugere um ciclo que precisa ser quebrado. Qual é a mensagem por trás do título e como ela se conecta com suas experiências pessoais ou coletivas?

A: A mensagem por trás do título pode ser lida e interpretada de várias maneiras e contextos, e não queremos forçar uma visão como “a correta”. Escolhemos desenvolvê-la em um cenário futurista porque se encaixava melhor com o que tínhamos em mente.

Ela certamente ressoa com nossas experiências e nossas vidas, porque a rotina pode se tornar um monstro que sobrecarrega nossas mentes e esmaga nossa criatividade e entusiasmo. Mas esse tipo de ciclo precisa ser quebrado, e os obstáculos superados. Esta é a única forma de ser humano e permanecer livre.

2. Quando você começa a compor uma música, você pensa primeiro na história, na técnica ou na emoção que quer transmitir?

A: Esta é uma pergunta muito interessante! A verdade é que depende da música. Às vezes, tínhamos a história completa em mente desde o início. Outras vezes, tínhamos uma emoção para expressar (Choice is Yours), às vezes um riff e a música fluía como um rio (Shards of Mind), e outras vezes escolhemos a parte da história que precisava ser coberta pela música (Break the Loop, Mesmerized…).

Era como um quebra-cabeça, em que cada peça tinha um papel preciso, história e sentimento que precisavam ser explicados e compostos.

3. Vocês se consideram mais exploradores sonoros ou mestres técnicos dentro do metal progressivo?

A: Na verdade, nem um nem outro. Somos músicos humildes, nos expressando com música que vem do coração. Dito isso, gostamos da ideia de criar um mundo no qual o ouvinte possa mergulhar, seguindo a história que se desenrola. Os detalhes do design sonoro adicionam profundidade à experiência, permitindo sentir o universo desta narrativa. Pelo menos, essa é nossa intenção!

Créditos: Foto retirada do perfil oficial da banda no Instagram: https://www.instagram.com/isometry_official/

4. Houve algum momento durante a gravação de Break The Loop que foi especialmente desafiador ou transformador para a banda?

A: Sim, durante a gravação do álbum, algumas novas ideias surgiram, o que significava que certas partes precisavam ser reescritas e gravadas novamente. Isso às vezes causou estresse e exigiu grande esforço, mas ficamos satisfeitos com o resultado final, e isso é o que importa.

5. Se você tivesse que explicar Break The Loop para alguém que nunca ouviu metal, qual analogia usaria?

A: Imagine algo como música clássica, mas mais pesada, com mudanças de compasso mais complicadas que seu aplicativo de calendário e letras que irritariam seu terapeuta… Ou apenas tente ouvir sozinho e julgue por si mesmo!

6. Vocês têm alguma rotina ou ritual para entrar em estado criativo antes de compor ou ensaiar?

A: Depende de quem está compondo o riff principal… Lorenzo encara sua guitarra como se ela lhe devesse dinheiro, sussurrando “não me envergonhe”, e toca algo que suspeitosamente soa como o breakdown da semana passada.

Luca sacrifica um metrônomo aos deuses da sincopação em 7/8 até a inspiração surgir (ou até os vizinhos enviarem uma reclamação de barulho).

É sempre um equilíbrio delicado entre fingir que sabemos o que estamos fazendo e torcer para que ninguém perceba quando não sabemos.

Créditos: Foto retirada do perfil oficial da banda no Instagram: https://www.instagram.com/isometry_official/

7. Qual tem sido a maior influência de outros gêneros musicais que vocês permitiram infiltrar no single sem perder a identidade do metal progressivo?

A: Para ser honesto, nosso single é a música menos prog do álbum… Podemos dizer que soa mais como uma balada rock com alguns riffs de metal. O solo de flauta no final pode dar um toque folk, mas o núcleo é principalmente rock.

8. Em relação às letras, vocês preferem metáforas abstratas ou histórias concretas, e por quê?

A: Geralmente preferimos metáforas abstratas, porque isso dá ao ouvinte múltiplas possibilidades de interpretação. Deixar muito para a imaginação permite que cada um se sinta parte da história à sua maneira, então algumas músicas deixam intencionalmente algumas pistas, mas sem explicação clara. Esperamos que isso prenda a atenção do ouvinte!

9. Como a cultura italiana influencia o som ou a identidade visual da banda, se influencia?

A: Provavelmente não conseguimos identificar uma influência cultural geograficamente relacionada no nosso trabalho. A visão de todo o álbum é globalista, poderíamos dizer. Estamos falando de um fenômeno em nível mundial dentro da realidade distópica de Break The Loop.

Créditos: Foto retirada do perfil oficial da banda no Instagram: https://www.instagram.com/isometry_official/

10. Se pudesse escolher um personagem ou figura histórica para ouvir Break The Loop, quem seria e por quê?

A: Escolheríamos Alan Turing, pois ele era completamente sobre quebrar padrões e ultrapassar limites. Break The Loop mergulha em ciclos de pensamento e emoção, e achamos que ele iria se identificar com a complexidade e intensidade do álbum. Além disso, adoraríamos vê-lo decodificar nossos riffs e Easter eggs espalhados pelo álbum como se fossem mensagens secretas!

11. Durante o processo criativo, algum membro propôs algo que parecia impossível de executar, mas acabou se tornando um destaque da música?

A: Sim!! Isso aconteceu de vez em quando, e é engraçado que cada vez a música fica um pouco atrasada em relação às outras, já que é muito difícil de lidar. No final, essas músicas se revelaram uma oportunidade de estudar e praticar nos instrumentos, aprimorando bastante nossa técnica. Isso é especialmente o caso da segunda faixa do álbum, Shards of Mind.

12. Qual parte da música vocês acham que ninguém espera, mas que consideram essencial?

A: Provavelmente os interlúdios malucos que surgem aqui e ali… Isso dá um tempero extra, especialmente durante shows ao vivo!

13. O metal progressivo é conhecido por suas complexidades rítmicas. Vocês priorizam impacto emocional ou complexidade técnica ao criar mudanças de compasso e estruturas incomuns?

A: A técnica é importante, mas no final sempre deve “servir à mensagem”, então definitivamente priorizamos o impacto emocional. Mesmo as partes extremamente técnicas das músicas estão lá para expressar uma mensagem precisa.

Créditos: Foto retirada do perfil oficial da banda no Instagram: https://www.instagram.com/isometry_official/

14. Vocês se veem mais como contadores de histórias através do som ou arquitetos de atmosferas?

A: Gostaríamos de nos ver como ambos: são duas faces da mesma moeda.

15. Se Break The Loop fosse transformado em um curta-metragem, como seria o cenário e a narrativa visual?

A: Sempre sonhamos em fazer um curta, mas por enquanto deve ficar na fantasia. Seria ambientado em um futuro distópico, onde a harmonia e a paz reinam de maneira não natural.

16. Que conselho dariam para bandas que querem experimentar o metal progressivo sem perder a identidade?

A: Inspire-se, mas não imite. Não seja a cópia da sua banda ídolo.

17. Há algum riff ou seção em Break The Loop que foi criado quase por acidente, mas acabou definindo o tom da música?

A: No último refrão de One Entity, em certo ponto a base para e as vozes permanecem suspensas no vazio. Inicialmente foi um erro de edição, mas acabou sendo uma variação muito interessante sobre o tema do refrão.

Créditos: Foto retirada do perfil oficial da banda no Instagram: https://www.instagram.com/isometry_official/

18. Vocês acreditam que o público deve ouvir a música uma vez para aproveitar ou repetidamente para descobrir camadas ocultas?

A: Cada um decide como se aproximar da música. Como amantes do prog metal, geralmente ouvimos nossos álbuns favoritos várias vezes para descobrir todas as citações e “camadas ocultas”. Neste álbum há muitos Easter eggs escondidos, a maioria nunca revelada, mas alguns fãs conseguem descobrir.

19. Qual é a parte mais satisfatória de ver a música ao vivo em comparação com a gravação de estúdio?

A: A reação do público nas partes mais expressivas ou épicas, com certeza. A energia que o público transmite ao show é incrível!

20. Se a Isometry pudesse “quebrar o ciclo” de qualquer padrão na indústria musical, qual seria e por quê?

A: O padrão de “gravar um produto, não um álbum”: nossa música e estilo não são convenientes para o mercado de forma alguma. Exigem muito tempo para compor e gravar e são ouvidas por poucas pessoas de nicho. Mas nunca cairemos no “loop” de produzir álbuns superficiais apenas para atingir o maior número de pessoas possível.

21. Deixe uma mensagem para o público:
A: Quebrem o ciclo em que vocês estão!


Créditos: Foto retirada do perfil oficial da banda no Instagram: https://www.instagram.com/isometry_official/

Siga a banda:

Instagram: https://www.instagram.com/isometry_official/ 

Facebook: https://www.facebook.com/isometryofficial/

Youtube: https://www.youtube.com/@Isometry

Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/artist/4kk4kupFsxhHoF5aVl0PpJ

Entrevista realizada por Wagner Barbosa da Plugmetal Magazine, intermediada por Andrea da acessoria de imprensa The Triad Rec.

Por favor, compartí:

Deja tu comentario:

Anuncie aqui